sexta-feira, 6 de março de 2015

Novos dados sobre a demografia comarcal convidam para o pessimismo

Mais uma vez as estatísticas fornecidas pelo IGE mostram um panorama assolador para a Galiza, nomeadamente pela perda constante de população moça, tanto pela baixa natalidade, quanto pela emigração maciça de moças e moços, nomeadamente daqueles que contam com uma formação superior.

As cifras de referência que imos recolher neste artigo são as publicadas recentemente pelo IGE e que podem consultar-se aqui. Segundo as mesmas, no período 2010-2015 o número de pessoas menores de 35 anos residentes na Galiza reduziu-se em 115.000 habitantes, ou seja uma descida de 11'4% e mesmo cidades como Ferrol e Ourense perdem população e já não apenas as vilas e o rural. Se consultamos as cifras da EPA o resultado ainda é mais dramático, com 142.000 moças e moços menos desde 2008, ano de incício da crise (1). Assim, no conjunto na nação galega entre 2004 e 2014 a perda é de 15'7%, 174.000 moças e moços menos.

A comarca de Ferrol, por exemplo, perdeu 13% desde 2009, ou seja 8.000 pessoas menos. A cidade mais grande do país Vigo vê como perde no seu âmbito comarca 12'5%, 21.000 pessoas menos. E o mesmo para outras comarcas costeiras como no Salnês, que perde 10'5%, Noia deixa nada menos que 13%, o Morraço com 12'5% menos ou o Barbança, que cai 11'3%, a Marinha Ocidental 14'9% de perda, Fisterra perde 14'4% ou Muros que perde 17'56%. 

Obviamente o panorama é muito mais grave no interior do país. A Fonsagrada perde 21%, O Ribeiro 20,76%, a comarca de Cela Nova 18'82%, o Deza 15'34%, Sárria 13'72%, a Terra Chá 13'35%,

Chantada entre as comarcas mais afetadas

Como  era de esperar a situação da nossa comarca não escapa a estes preocupantes dados que, em conjunto, fornecem um quadro de país avelhentado e cada vez menos dinâmico, o qual também se vê refletido na falta de dinamismo na sociedade civil e no retrocesso evidente da consciência nacional frente a outros territórios.

Na nossa comarca passou-se dos 4.729 em 2004 a 4.073 em 2009 e a 3.513 em 2014.Em Carvalhedo apenas há 363 moças e moços menores de 30 anos e só a franja etária de 25 a 29 anos supera o centenar. Na cabeceira de comarca, o concelho de Chantada, os menores de 30 anos representam 1865 pessoas.


 (1) "Traballo asalariado en Galicia? Non para os e as menores de 35 anos" em Praza Pública, 21/02/2015, consultável em http://praza.gal/economia/8867/traballo-asalariado-en-galicia-non-para-os-e-as-menores-de-35-anos/ (última consulta 06/03/2015).


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