quinta-feira, 1 de maio de 2014

Cavalos pretos

Antom Fente Parada.

Espelha-se na alma
o teu riso
e a felicidade
faz cóxegas
na hormona do amor.

Porém tenho medo dos cavalos.
Desses córceles pretos
desses mouros medos
dessa obscuridade que se alimenta de verde.

De coração
                 de vida
                             de soidade.

Percorrem a minha pele
as palavras que sussurras
no cerne da minha caluga
e mistura-se o mel com o fel.

Lua de mel,
             um touro selvagem
                               ouvea-lhe a uma lua de papel.

Sabe-me a vida,
sabe-me a alama,
sabe-me o riso,
sabem-me as cóxegas
sabe-me a lua que baila quando és ti;
quando os indómitos cavalos se afastam entre a névoa
e os touros verdes mexem-se
calados.

Se o amor é um lobo quero ir no seu lombo
enquanto recorro as tuas pernas
e a eletricidade invade o teu cérebro
com os movimentos da minha língua.

No bosque os cavalos calam,
aguardando o seu momento
… nunca encontrar-nos-ão por que há cadeias que nunca se rompem

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