Em Chantada, com o 100% escrutado, o 25 de maio foi a vitória da abstenção com 57'54% dos votos. 3107 pessoas sim votaram um 42'52% de participação (frente ao 51'45% das anteriores eleições europeias, e 48'23% em 2004), 2'35% de voto nulo (0'63% nas anteriores) e 4'19% em branco (1'12%).
O PP obtém 42'64% (51'45% nas nacionais de 2012) sendo o partido mais perjudicado pela abstenção e que não teve uma presença em apoderados e mobilização do seu voto (com as práticas já por todas e todos conhecidas) equiparáveis a outros comícios eleitorais. Já que logo, a perda da maioria absoluta da direita em Chantada deve olhar-se com cautela e tendo em conta que a direita em Chantada quando vai dividida (INTA/PP) obtém os seus melhores resultados. Seria uma ilusão ótica extrapolar estes resultados a umas municipais e seria um erro não conglomerar a toda a esquerda real chantadina que desta volta se dividiu entre AGEE, Podemos e BNG.
Nenhuma candidatura absorve uma parte notável da perda do PP, nem UPyD - completamente residual em Chantada- nem o PSOE. A maioria da grande baixada do PP (de 8 pontos) vai-se, já que logo para a abstenção, porque a participação nas eleições nacioanis de 2012 fora de 67'26% (42'52% desta volta). O resultado do PP não é nem muito menos mau se temos em conta as políticas do Governo central, da Junta da Galiza e ainda do concelho de Chantada (este último governado por uma excisão do PP, INTA, apoiada pelo PP).
Nenhuma candidatura absorve uma parte notável da perda do PP, nem UPyD - completamente residual em Chantada- nem o PSOE. A maioria da grande baixada do PP (de 8 pontos) vai-se, já que logo para a abstenção, porque a participação nas eleições nacioanis de 2012 fora de 67'26% (42'52% desta volta). O resultado do PP não é nem muito menos mau se temos em conta as políticas do Governo central, da Junta da Galiza e ainda do concelho de Chantada (este último governado por uma excisão do PP, INTA, apoiada pelo PP).
O PSOE obtém 20'40% dos votos (17'06% nas nacionais de 2012) pelo que confirma, mais uma vez, que existe um travasse de votos entre uma parte do eleitorado do PSOE e INTA que desta volta apostou pelo PSOE, mas que, nas anteriores eleições locais apostara por INTA, que explicam a suba de votos da direita nas anteriores eleições locais (uma candidatura independente atrai voto que nunca iria para o PP).
AGEE obtém 11'83% dos votos emitidos frente aos 18'02% das nacionais de 2012. Por primeira vez desde as municipais Anova perde apoios em Chantada e deixa de ser segunda força. Para onde é que vai este voto? Se somamos o 6'03% de Podemos com o 11'83% de AGEE o resultado é de 17'83%, um resultado muito semelhante ao das nacionais de 2012 com uma pequena diferença que se vai a outros partidos. Por outras palavras, AGE perde parte do voto do espaço de ruptura que vai a Podemos e não confirma as suas expectativas de consolidar o sorpaso ao PASOK espanhol.
Podemos (6'03%) foi a grande ganhadora na Galiza e no Estado e é mais uma mostra de como, eleitoralmente, a Galiza se comporta cada vez mais como o resto do Estado sem um factor nacional próprio bem visível como acontece em Catalunya e Euskadi. As direções políticas do nacionalismo galego de massas (Anova e BNG) deveriam reflexionar fundamente sobre este fenómenos, embora o seu triunfalismo na noite eleitoral fazem que seja duvidável que isto se produza. Podemos contactou com o espaço de ruptura e com um eleitorado menor de 40 anos e, fundamentalmente, castelhano-falante nas vilas e cidades galegas que votava tradicionalmente BNG ou IU e mais recentemente Anova/AGE. Converteu-se na quarta força na Galiza passando por cima dum BNG em queda livre e no caso chantadino a prática totalidade do seu eleitorado votara AGE nas anteriores eleiç4oes nacionais. Podemos revela o imenso peso que a televisão e o mediático tem também entre o eleitorado da esquerda, com especial atenção às redes sociais.
O voto de Podemos é um voto que nasce duma geração de moças e moços que se batizam politicamente com o 15-m e que se formaram de costas ao campo nacionalista, pois naquela altura (finais da década de noventa) começava a sua longa marcha pelas instituições e o quintanismo que deixou o reforço do tecido social num segundo plano (que não consiste em demonstrações mais no trabalho em associações e movimentos de todo teor). Que AGE ou Anova perdam em tão pouco tempo parte desse espaço é uma muito má notícia para a questão nacional galega, máxime quando o BNG é incapaz de reaccionar e fazer autocrítica -semelha que vai afundar no seu isolamento, na sua doutrina dos dois mundos e no seu harakiri algo especialmente grave, terrível, quando grande parte do exíguo tecido social existente na Galiza se liga com essa força-.
O BNG obtém 5'50% sendo uma força já praticamente residual em Chantada face o 6'52% que obteve nas anteriores eleições nacionais. No caso Chantadino é de supor que o voto perdido foi parar a AGE, já que nas anteriores o BNG obtivera um bom número de votos fruto da confusão do eleitorado tradicionalmente nacionalista entre o BNG e Beiras.
O voto de Podemos é um voto que nasce duma geração de moças e moços que se batizam politicamente com o 15-m e que se formaram de costas ao campo nacionalista, pois naquela altura (finais da década de noventa) começava a sua longa marcha pelas instituições e o quintanismo que deixou o reforço do tecido social num segundo plano (que não consiste em demonstrações mais no trabalho em associações e movimentos de todo teor). Que AGE ou Anova perdam em tão pouco tempo parte desse espaço é uma muito má notícia para a questão nacional galega, máxime quando o BNG é incapaz de reaccionar e fazer autocrítica -semelha que vai afundar no seu isolamento, na sua doutrina dos dois mundos e no seu harakiri algo especialmente grave, terrível, quando grande parte do exíguo tecido social existente na Galiza se liga com essa força-.
O BNG obtém 5'50% sendo uma força já praticamente residual em Chantada face o 6'52% que obteve nas anteriores eleições nacionais. No caso Chantadino é de supor que o voto perdido foi parar a AGE, já que nas anteriores o BNG obtivera um bom número de votos fruto da confusão do eleitorado tradicionalmente nacionalista entre o BNG e Beiras.
Eleições
europeias 2014 - Chantada
CANDIDATURA
|
VOTOS
|
PERCENTAGEM
|
PP
|
1294
|
42'64%
|
PSOE
|
619
|
20'40%
|
AGE em Europa – A esquerda
plural
|
359
|
11'83%
|
PODEMOS
|
183
|
6'03%
|
BNG
|
167
|
5'50%
|
UPyD
|
61
|
2'01%
|
C'S
|
35
|
1'15%
|
PACMA
|
29
|
0'95%
|
Movimiento Red
|
23
|
0'75%
|
MESA
|
PP
|
PSOE
|
ANOVA
|
PODEMOS
|
BNG
|
São Fiz
|
100
|
34
|
12
|
14
|
4
|
Líncora
|
51
|
19
|
2
|
9
|
3
|
Brigos
|
52
|
11
|
20
|
3
|
6
|
Nogueira
|
63
|
10
|
0
|
3
|
2
|
A Lage
|
36
|
19
|
13
|
-
|
6
|
Muradelhe
|
60
|
41
|
34
|
-
|
2
|
Adá
|
49
|
46
|
16
|
4
|
8
|
Veiga
|
46
|
43
|
16
|
-
|
5
|
Mariz
|
46
|
18
|
18
|
-
|
6
|
Vila Uge
|
52
|
16
|
15
|
-
|
0
|
A Xulfe
|
48
|
12
|
8
|
-
|
2
|
Requeijo
|
52
|
15
|
11
|
2
|
7
|
Totais rural
|
655
|
284
|
165
|
52
|
59
|
1-4-A
|
98
|
29
|
24
|
18
|
10
|
1-3-A
|
116
|
66
|
32
|
24
|
23
|
1-3-B
|
137
|
83
|
48
|
33
|
29
|
1-1-U
|
145
|
80
|
51
|
29
|
25
|
1-2-U
|
141
|
77
|
39
|
27
|
21
|
Totais Vila
|
637
|
335
|
194
|
131
|
108
|
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